É provável que, em algum momento, você já tenha se deparado com a incômoda insônia – aquele obstinado inimigo do descanso tranquilo. Causas diversas podem desencadear essa condição, incluindo aspectos emocionais, psicológicos, e principalmente, nossas rotinas diárias.
Hábitos nocivos como uma alimentação inadequada, vida sedentária, níveis altos de estresse e ansiedade são catalisadores comuns deste transtorno. Entender isso é crucial, pois uma boa noite de sono é um componente integral para garantir nosso bem-estar vital.
Imagine acordar após uma noite mal dormida! Sentimentos familiares como fadiga, baixa produtividade e irritabilidade tendem a dominar a cena. Isso ocorre porque o sono não somente sustenta nossa saúde, como também é fundamental para lidarmos eficazmente com as demandas cotidianas.
O consenso aponta que adultos precisam de sete a nove horas de sono por noite. Se dificuldades para dormir persistirem por muitos dias consecutivos, talvez você esteja enfrentando a insônia, ocasionando a perturbação no ritmo natural do sono de três maneiras predominantes:
1) Faz com que seja difícil adormecer e pode levar mais de hora para conciliar o sono;
2) Provoca problemas para manter-se adormecido durante a noite;
3) Leva à despertares prematuros e impede retomar o sono.
Ao despertar após uma noite mal dormida, a pessoa pode se sentir esgotada e letárgica durante o resto do dia, além de aumentar irritação e impaciência na interação com outras pessoas.
O quadro torna-se mais grave quando a insônia aguda aparece, caracterizada por perturbações do sono cerca de três vezes por semana em várias semanas. Essa realidade pode causar impactos negativos no trabalho, estudos e relações interpessoais dos afetados.
A grande questão é: toda dificuldade para dormir configura insônia? A resposta, à grosso modo, é não. Diversos fatores ocasionais podem levar a uma noite mal dormida, sem necessariamente caracterizar um distúrbio do sono. Importante mencionar que o diagnóstico de insônia é médico e reflete a incapacidade de iniciar ou manter o sono pelo menos três vezes por semana, por mais de três meses.
Essa condição, muitas vezes vinculada a ansiedade, depressão e estresse, é um ciclo vicioso – privação do sono agrava os sintomas ansiosos e depressivos, além de intensificar os níveis de estresse.
É necessário atentar para perturbadores da sua rotina de sono. Uso de certos medicamentos, consumo excessivo de cafeína, tabagismo e álcool, além de hábitos como assistir TV ou mexer no celular pouco antes de dormir impactam negativamente na qualidade do sono.
Esses aparelhos são fontes de luz azul que reduz a produção da melatonina – nosso hormônio do sono. Inclusive profissionais que trabalham em turnos noturnos enfrentam desafios similares quanto à qualidade do sono, uma vez que geralmente dormem durante o dia.
Nesse complexo universo de perigos para o sono saudável, a busca pela qualidade de vida passa, invariavelmente, pelo reencontro com uma tranquila noite de descanso.
Prevenção
Deve-se incentivar a regularidade e os horários de dormir/despertar, evitando privação de sono. Quanto maior a regularidade dos horários de dormir menor a frequência deste e outros distúrbios do sono. Alimentos gordurosos, carnes, café, laticínios e outros alimentos de difícil digestão devem ser evitados a noite.
O quarto deve ficar desobstruído, as janelas fechadas e é importante que a pessoa tenha fácil acesso a iluminação.
Certas drogas psicoativas tais como os antidepressivos ISRS e benzodiazepinas (diazepam) podem ser usados para o controle a curto prazo sob prescrição médica , mas a sua eficácia é limitada, produz sonolência diurna e causa dependência química e psicológica.
Um dos exames que ajudam no diagnóstico da doença é a polissonografia; um procedimento que ajuda na escolha do tratamento adequado para o paciente.
Uma maneira de avaliar se você está tendo um sono de boa qualidade ou se seu sono está suficiente, é analisar seu bem-estar físico e emocional no dia seguinte.